Sempre que sento pra escrever o que sinto acontece uma tempestade de desejos.

Tenho expectativas de um 2010 cheio de novidade pra minha vida, presentes que sonho me dar, vida que espero levar. É aí, neste momento que começa a tempestade, uma revoada de vozes na minha cabeça.

Primeira voz diz: - Reforma teu quarto, faz dele teu cantinho agradável, pinta de uma cor alegre, coloca cortinas, compra coxas novas.

A segunda voz questiona: - Pra que gastar dinheiro com isso? A casa nem é tua, é a da tua mãe onde tem terceiros e quartos que tiram a tua privacidade. Do que adianta só um cômodo confortável se toda a casa é desajustada, tem um ambiente pesado?!

Terceira voz pergunta: - Faz a tua família, por quê querer viver só?

Na maioria das vezes faço planos pra mim mesma, sem terceiros, mas logo uma terceira pessoinha aparece, penso em um filho. Penso em uma família nova.

Desejo muitas mudanças em minha vida. Ansiosa pra 2010.

Beijos.

Cega de desejos.

Fim de ano é isso, faz com que morramos de vontade de mudar de vida, de corpo, e até de mundo.

Começamos a nos prometer coisas e mais coisas, sem termos pena de nós mesmo caso nada disso aconteça.

De tanto que somos acostumados a mentir pra nós mesmo, nem sentimos tanto por nada ter sido realizado. Claro! Existem suas exceções, aqueles que se não fazem o que planejam enlouquecem, por que já tem tudo milimetricamente planejado.

Prefiro ser do tipo que tira o papelzinho da sacola onde tá escrito o que vou fazer neste dia, e me aventurar.

Como diz a Adriana Calcanhota "Eu ando pelo mundo, prestando atenção em cores que eu não sei o nome, cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores!

É assim que vou pintando minha tela.