Tuesday, November 20, 2012

Deixar a vida me levar?


Acabei esquecendo das coisas que tanto gostava.

To deixando a vida me levar, e pensar que essa frase em uma música causa a sensação de liberdade quando se houve.

Vejo que é o contrario; liberdade é fazer o que queremos fazer, e não sermos empurrados por uma massa.
Se você não sabe o que quer fazer, talvez essa seja mesmo sua "liberdade", é a tal coisa, se você não sabe onde quer chegar, qualquer lugar serve, mas as chances desse qualquer lugar se tornar Aquele lugar são mínimas.

Não ter sonhos, e criar planos em cima de expectativas unanimes é frio, e sem personalidade.
Falta perspectiva.

Perspectiva! Desde que ouvi essa palavra no filme Ratatouille, ela passou a soar de outra forma, muito mais dessa, e cheia de personalidade.

Antes por exemplo, gostava de ficar só no meu quarto, escrevendo no meu blog, navegando na internet, ou só deitada na minha cama lembrando de episódios da minha infância.

De ir a livraria e imaginar que era a minha biblioteca particular, que um dia leria todos aqueles livros desde o mais nada haver comigo ao mais nada a ver ainda, apenas em busca de conhecimentos gerais que nunca fui inteligente e sensível o suficiente para perceber no dia a dia, ou lógica o bastante para raciocinar em cima dos acontecimentos e prever o resultado.

Gostava de imaginar que era paciente com os outros, gostava das minhas rabugices, da minha solidão, do meu sonho de um dia conseguir ter uma vida que até os anos 90 era comum; casar, ter filhos, marido, uma casa pra cuidar e um trabalho pra administrar, mas sem muitas preocupações com o trabalho, por que, meu marido seria o esteio financeiro e eu o sentimental.

Gostava de imaginar que, se um dia casasse, cuidaria da minha casa pra ela ser um lar, uma referencia de aconchego, conforto, amor. Ficaria as tardes bordando, pintando, lendo, testando novas receitas. No fundo ainda espero ter uma vida assim, mas não necessariamente casada ou com filhos; ou com filhos mas não casada.

Ter a minha banheira, no meu banheiro amplo e de pastilhas brancas.

Ter uma cama grande e cheia de travesseiros e edredom fofo, uma enorme janela com cortinas esvoaçantes.

Ao entrar na casa sinto cheiros diferentes, com o passar das horas; pela manhã pão fresco, suco e café.

A tarde bolo de laranja e guaraná.

No fim da tarde leite com canela, a noite flores e na hora de dormir amaciante dos lençóis.


Friday, April 20, 2012

Céu ou Inferno?



Faz tempo que não apareço por aqui, para compartilhar com vocês [os poucos que foram selecionados para lerem sobre minha vida] o que anda passando no transito louco que existe entre o Cérebro e o Coração.

O resulta disso é que hoje, especialmente sem ter acontecido nada em especial, acordei querendo muito falar sobre o que andei pensando sobre mim.

Hoje me vi como "A" linha tênue entre o céu e o inferno e as pessoas que estão comigo ficam nessa fronteira sem saber. Se levantar um pouco a cabeça estão no céu, mas se olhar pra baixo, sentem o gosto e o cheiro do inferno.

Como posso ser capaz de levar as pessoas ao céu e milésimos de segundos depois estarem provando o mais amargo do fel!?

Sabe o que é pior?

Que eu não consigo substituir o amargo pelo doce depois, continuo dando os piores sabores, amargo, azedo, podre e por aí pra baixo.

Eu me pergunto: "porque não sei desfazer o mal trato?", "Porque afinal eu destrato quem me trata bem?"