Friday, March 26, 2010

Sagatiba.




A minha voz fala muito, fica narrando tudo que já vivi e como poderia ter vivido cada capítulo da minha vida.
Quando pego a caneta e olho pro universo em branco, penso que poderia escrever histórias novas, ainda não conhecidas por mim e nem por ninguém. Mas sinto medo de escrever a história errada; penso que, talvez minha vida seja um capítulo de um livro de um escritor; ele escreve o que bem entende ou o que não entende, e eu vou vivendo.
Quantas vezes ele me faz chorar, me fez sentir uma dor que me dilacera, talvez sem querer, ou quem sabe para a minha história ter pontos altos de atenção de algum possível leitor.
Tem também os trechos de felicidade, de paixão, surpresa, pesadelo.
E quando penso que algo poderia ser diferente é quando ele escreve de outro jeito e não gosta, por que talvez não chamasse atenção dos críticos e apaga, e por cima escreve lembranças que tenho como acontecimentos.
É, esse medo que eu tenho, de mexer com a vida de alguém quando penso em criar uma história, inventar um personagem, uma trama.
Queria encontrar os manuscritos do livro da minha vida, queria me conhecer mais, lembrar de fatos interessantes pra mim e apagar episódios dolorosos na minha vida como a perda do meu primo.
Retirar de mim esta dor que ainda não superei, reescrever essa parte substituindo a sua morte com uma formatura, e ele conseguindo abrir sua própria empresa e se dando bem na vida pra ajudar seu pai, meu tio, a se reerguer e então ouvir de seu pai um pedido de perdão verdadeiro.
Outro episódio que reescreveria é a minha vida escolar.
E essa minha dúvida quanto ao que fazer da minha vida profissional? Será que é mais de um escritor?
Talvez seja, e esse meu interesse por arquitetura, psicologia, pedagogia seja influencia de todos os meus autores.

Queria tá viva pra ler o meu livro inteiro, do inicio ao fim.
Quando ele estiver pronto vou estar longe.

Wednesday, March 17, 2010

Um sonho bom.





Como várias vezes eu já disse aqui, somos como colcha de retalhos. É possível nos tornamos uma linda peça feita com pedaços que pessoas deixam com a gente, e contribuirmos com a colcha dos mesmos.

O que vivi a um passado muito distante me faz bem hoje, me dando conhecimento de causa quando passo por situações semelhantes.

O passado de ontem, me deixa pensativa, melancólica, mas com esperanças.

E o hoje, é um sonho muito bom que vivo. Mas se o vivo hoje, é por que, o aprendizado com o passado me permite ver que posso sonhar quando dá, e curtir este sonho sem medo de ter que acordar. Apenas vivencia-lo, até ele virar passado e com ele aprender mais.