Saturday, April 20, 2019

Coerência.


É tão difícil para nós seres humanos "normais" e "saudáveis" termos EMPATIA. Uma palavrinha que já esteve na moda, virou quadro, tatuagem, imã de geladeira e a palavra mágica em discursos motivacionais, mas como MODA é sinônimo de fugacidade, já houve a mudança, hoje o que está em uso é a GRATIDÃO, que já veio depois da RESILIÊNCIA.

A cada virada de ano muda a palavra de ordem, mas quem de fato reflete sobre ela, ou tenta praticar?

A pessoa enche suas redes sociais de textos reflexivos, fotos posadas e legendas com essas palavras e que muitas vezes foram achadas no pensador.com.br . Nada contra, de verdade! Até porque somos inundados diariamente por informações, textos que devem ser lidos, livros (inclusive, esse saiu de moda de novo) que ficam cada vez mais finos e com títulos curtos e grossos, justamente porque estamos nos tornando uma geração superficial, líquida - aliás, termo esse, muito bem aplicado pelo pensador Zygmunt Bauman - e fugaz, que em tempo de aquecimento global fica mais fácil ainda fazer a analogia com liquido, então esquecemos de alimentar nosso intelecto, nossa alma; há aqueles, que fingem ouvir audiobook para não passarem por iletrados, "ah, mas pelo menos tentam, né?" que tal tentar de verdade?.

Voltando ao raciocínio...

Estamos tão superficiais, que corremos o risco de mudar o discurso dependendo da nossa roda de conversas e o pior, não percebemos isso na maioria das vezes, só se você estiver entregue ao que está sendo dito e então uma autoavaliação é necessária para saber se você realmente faz o que fala, se pensa no dia a dia o seu discurso. Aí vem a nova palavrinha que os coaching estão ganhando visibilidade encima, MINDFULNESS - atenção plena.

Se reunirmos essas palavras todas, claro que no português - não sei que mania ainda é essa nossa de ficar sempre adotando as palavras em inglês - não passam de lições que antes aprendíamos com nossos pais e avós. Não precisávamos de livros para nos ensinar o que aprendíamos naturalmente no convívio familiar, na escola e no trabalho.

Todo esse rodeio foi porque, essa semana notei que ao conversar com alguém eu me tornei uma pessoa lenta nas respostas, estou parando para avaliar tudo o que digo, sempre revisando para ver se realmente pratico o que falo ou penso, preciso ser coerente, não só com a pessoa que está comigo, mas comigo mesma. Qual o sentido eu discursar algo que não pratico?

Você tem parado para repensar o que vem falando para os outros ou fazendo?
Você se acha uma pessoa coerente?

Divide comigo para eu não achar que inventei a pólvora.

Nasmatê!

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